Inquérito
apura se o peemedebista manteve contas na Suíça abastecidas com propina
desviada do esquema de corrupção do petrolão
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O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é acusado de
ter cometido os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas(Antonio Cruz/Agência Brasil)
O Supremo
Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta-feira a denúncia apresentada
pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente afastado da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O inquérito apura se o peemedebista manteve
contas na Suíça abastecidas com propina desviada da Petrobras. A partir das 14
horas, os ministros vão decidir se abrem a segunda ação penal contra o
parlamentar nas investigações da Operação Lava Jato.
A denúncia
foi apresentada em março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
depois que o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, em outubro do ano
passado, documentos que mostram a origem de aproximadamente 6 milhões de
dólares encontrados nas contas atribuídas a Cunha. De acordo com os
investigadores da Lava Jato, os valores podem ser fruto do recebimento de
propina em um contrato da Petrobras na compra de um campo de petróleo no Benin,
na África, avaliado em mais de 34 milhões de dólares.
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O
parlamentar é acusado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão
de divisas. A mulher de Cunha, Claudia Cruz, também foi citada na ação, mas a
parte da investigação que envolve os parentes do deputado foi enviada ao juiz
federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR). A denúncia contra
Claudia foi recebida no dia 9 de junho.
Cunha já
responde a uma ação penal no Supremo, na qual é acusado de receber 5 milhões de
dólares de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras. O
peemedebista também foi denunciado em um terceiro processo que o investiga por
recebimento de recursos das obras do Porto Maravilha, no Rio. Ainda na Lava
Jato, o parlamentar é alvo de dois procedimentos já abertos e um pedido de
abertura de inquérito que aguarda a análise do ministro Teori Zavascki, relator
da Lava Jato no Supremo.
( Agência Brasil)
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