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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Coxinha, você vive entre a Zambia e o Lesoto!


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Onde fica o apartamento de 500 m2 do FHC? Na parte de cima ou de baixo do mapa?

A Casa Grande se assustou com o odor que soprou da Senzala!
A Fel-lha está apavorada com o apartheid que o IBGE desenhou.
"Quem é a elite", se pergunta atônito editorial, já que os miseráveis do Centro de São Paulo se dirigem à porta do periódico provincial.
Estadão, em estado comatoso, se apavora em manchete: "Ricos ganham 36 mais que pobres".

No Globo Overseas, antes de fechar, por causa da Máfia da FIFA: "desigualdade de renda maior no pais - 10% mais ricos concentram 43% dos rendimentos"

A água bate no cheiroso bum-bum...

 O PiG cheiroso não podia ser mais explicito:
No Brasil, o ganho médio do 1% mais rico equivale a 36 vezes o que ganha a metade mais pobre da população; a renda no Sudeste é 80% maior que a do Nordeste; milhares de crianças ainda são obrigadas a trabalhar.

Os dados, divulgados ontem pelo IBGE, não deixam dúvida: a desigualdade segue uma batalha a ser vencida no país. E, para especialistas no tema, a partir da análise de uma série de indicadores, ela provavelmente se aprofundou no ano passado.

O índice de Gini, medida da desigualdade de renda, foi de 0,549 no Brasil em 2016 - o indicador varia de zero a um, sendo zero a distribuição perfeitamente igualitária. Da forma como passou a ser agora calculado, o indicador do IBGE não permite comparações com o passado.

Considerando os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), o resultado manteria o Brasil como um dos países mais desiguais do mundo, posicionado entre o Lesoto (0,542) e a Zâmbia (0,556).

Diretor do FGV Social, Marcelo Neri avaliou que a desigualdade "aumentou bastante" em 2016. Para chegar a essa conclusão, ele baseou-se em outro índice de Gini, o que mede a desigualdade apenas da renda do trabalho (que representa 74,8% da renda dos brasileiros). Pelos cálculos da FGV Social, esse índice cresceu 1,2% em 2016 e 1,58% em 2017.

Dois anos de alta da desigualdade não era visto no país desde 1989, segundo Neri.

"Todos ficaram mais pobres no ano passado, mas os menos educados ficaram mais ainda, sobretudo no Nordeste e nas periferias.

Com a inflação mais alta, desemprego em alta e economia em recessão, o bem-estar do trabalho dos brasileiros recuou 6,8% no ano passado, na comparação ao ano anterior. Isso ajuda a sintetizar bastante o que aconteceu naquele ano", acrescentou o diretor da FGV Social.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Parcela de 1% da população ganha 36 vezes mais que 50% dos brasileiros





Segundo o IBGE, os 10% que ganham mais ficaram com 43% da massa de rendimentos. Os 10% que ganham menos, com 0,8%
 
Os 10% com maior rendimento concentram 43,3% da massa total, e os 10% com menor rendimento ficam com apenas 0,8%

Dos 124,4 milhões de brasileiros, com algum tipo de rendimento em 2016, a parcela de 1% com maiores ganhos recebia o equivalente a 36,3 vezes mais do que a metade da população com menores rendimentos: enquanto o primeiro e pequeno grupo ganhava R$ 27.085, em média, o segundo e numeroso grupo ganhava R$ 747. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.

Ainda segundo o instituto, que divulgou os dados nesta quarta-feira (29), os 10% com maior rendimento concentravam 43,3% da massa total, estimada em R$ 255,1 bilhões. E os 10% com menor rendimento ficavam com apenas 0,8%. 

Os 124,4 milhões com rendimentos correspondem a 60,5% da população brasileira (205,5 milhões). Do total de habitantes, 42,4% (87,1 milhões) tinham rendimentos do trabalho, enquanto 24% (49,3 milhões) recebiam de outras fontes, como aposentadoria, aluguel ou pensão, entre outras.

O rendimento médio mensal de todas as fontes foi estimado em R$ 2.053. A maior média é do Sudeste (R$ 2.461), enquanto as menores foram calculadas no Norte (R$ 1.468) e no Nordeste (R$ 1.352).

O índice de Gini domiciliar foi calculado em 0,549 – quanto mais perto de zero, maior a igualdade e quanto mais perto de 1, maior a desigualdade. Entre as regiões, o menor foi o do Sul (0,473) e o maior, no Nordeste (0,555). Vai a 0,539 no Norte, 0,535 no Sudeste e 0,523 no Centro-Oeste.

O montante da massa salarial (rendimentos de todas as pessoas ocupadas) foi estimado em R$ 191 bilhões, com média de R$ 2.149. A região Sudeste tem mais da metade (53%). Em seguida, vêm as regiões Sul (17%), Nordeste (15,6%), Centro-Oeste (8,9%) e Norte (5,5%).

O maior rendimento médio é o do Sudeste (R$ 2.536) e o menor, no Nordeste (R$ 1.427). Segundo o IBGE, alcança R$ 2.432 no Centro-Oeste, R$ 2.300 no Sul e R$ 1.567 no Norte.

Escândalo no IBGE: maior desigualdade de renda do mundo!




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Como se sabe, segundo Piketty a distribuição de renda do Brasil é a pior do mundo, ao lado da África do Sul, que viveu sob  o apartheid até 1994.

Aqui, o apartheid ainda não acabou, como se sabe:
A massa do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 255,1 bilhões. Os 10% com menores rendimentos da população detinham 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com maiores rendimentos possuíam 43,4%.

Entre os 205,5 milhões de pessoas residentes no país, 60,5% (124,4 milhões) possuíam algum tipo de rendimento. Desses, 42,4% (87,1 milhões) tinham rendimentos do trabalho e 24,0% (49,3 milhões) recebiam rendimentos de outras fontes.

Já o rendimento médio mensal de todas as fontes, que agrega a renda oriunda de todos os trabalhos e de outras fontes da população, foi de R$ 2.053. O Sudeste apresentou os maiores valores (R$ 2.461), enquanto os menores foram no Norte
(R$ 1.468) e no Nordeste (R$ 1.352).


O 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia R$ 27.085, em média, ou 36,3 vezes mais do que a metade com os menores rendimentos de trabalho
(R$ 747).


Do rendimento médio mensal domiciliar per capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes: aposentadoria e pensão (18,7%); outros rendimentos (3,2%); aluguel e arrendamento (2,2%); e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (1,1%).

O índice de Gini, que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de 0,549. Entre as grandes regiões, o menor índice foi no Sul (0,473) e o maior, no Nordeste (0,555).

As informações são do módulo sobre Rendimento de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

63,7% dos desempregados no Brasil são pretos ou pardos, aponta IBGE






Taxa de desocupação dos pretos e pardos ficou em 14,6% no terceiro trimestre, enquanto a dos brancos somou 9,9%.


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“As pessoas pretas e pardas estão sempre em desvantagem no mercado de trabalho, desde a inserção a depois de se inserir. São desigualdades que a gente já conhece, mas é sempre bom lembrar”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A situação de desemprego dos pretos e pardos contrasta com os números do mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, esta parcela da população representa mais da metade dos trabalhadores brasileiros (53%).
Mesmo sendo maioria na força de trabalho, a proporção de pretos e pardos ocupados (52,3%) foi menor que a da população branca (56,5%) no terceiro trimestre
O contraste racial no mercado de trabalho se estende, também, à remuneração. Segundo o IBGE, pretos e pardos recebem, em média, R$ 1.531 - quase a metade do rendimento médio dos brancos, que pe de R$ 2.757.
Situação semelhante é observada no percentual de trabalhadores com carteira assinada no país. Pretos e pardos nesta condição somavam 71,3%, abaixo do observado no total do setor (75,3%).
Dos 23,2 milhões de pretos e partos empregados no setor privado no país no terceiro trimestre deste ano, 16,6 milhões tinham carteira de trabalho assinada. Foi o menor contingente nesta condição desde o 3º trimestre de 2012, quando pretos e pardos somavam 16,4 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada. O pico na série histórica desta parcela da população foi observado no 4º trimestre de 2014, quando somou 17,9 milhões.
Segundo o pesquisador, A Pnad já vem mostrando que está aumentando a geração de postos de trabalho sem carteira de trabalho assinada e em grupos de atividades com menor qualidade de trabalho, em termos de renda e outras características. "Os indicadores mostram que a população preta e parda acaba sendo mais direcionada a estes trabalhos."

Trabalho informal

"Está crescendo mais a ocupação dos pretos e pardos em relação à população total. Isso está relacionado com o aumento do trabalho informal”, ponderou Azeredo. "Mais de um quarto dos trabalhadores de cor preta ou parda estão ocupados como conta própria, o que indica o trabalho informal", destacou Azeredo. De acordo com a pesquisa, o percentual desta população com este tipo de ocupação somou 26,1% no primeiro trimestre deste ano. Em 2014, somava 24,9%.
O IBGE destacou ainda que havia no terceiro trimestre deste ano 1,8 milhão de ambulantes no país. Deste total, 1,2 milhão eram pretos ou pardos, o que representa 66,7% do total.

Trabalho doméstico

De acordo com o levantamento do IBGE, a ocupação da população preta e parda superava a da população branca em quatro dos dez grupos de atividade pesquisados pelo instituto: na agricultura, na construção, nos serviços de alojamento e alimentação e, principalmente, nos serviços domésticos.
A distribuição percentual dos trabalhadores entre grupos de atividades mostra que 8,5% do total de negros e pardos ocupados no país atuavam com serviços domésticos, enquanto 5% do total da população branca ocupada atuava na mesma área.
Em contrapartida, do total de brancos ocupados no país, 19,2% estavam na administração pública, contra 15,6% representados por pretos e pardos.