Reportagem do jornal O Globo sobre o Meinl Bank,
mantido no exterior pela Odebrecht, de Marcelo Odebrecht, e pelo grupo
Petrópolis, de Walter Faria, para realizar pagamentos de natureza política
aponta o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como um dos beneficiários; de
lá, teriam saído os recursos para uma empresa chamada Leyroz, que doou R$ 1,6
milhão a Aécio e ao PSDB em 2010, quando ele concorreu ao Senado; caso apareceu
quando foram apreendidas as planilhas da Odebrecht e volta agora à tona com a
descoberta do que o Globo chama de "banco com alto teor de propina"
A descoberta de que a Odebrecht mantinha um banco
no exterior, em sociedade com o grupo Petrópolis, da cervejaria Itaipava, para
realizar pagamentos de natureza política, pode esclarecer o conteúdo do listão
da empreiteira, apreendido na Operação Xepa, uma das etapas da Lava Jato.
Com o vazamento da lista, surgiram indícios de que
a Odebrecht distribuiu pelo menos US$ 117 milhões para o pagamento de
propina entre 2008 e 2014. A novidade é que, agora, o operador Vinícius Veiga
Borin revelou que a compra do Meinl Bank, pela Odebrecht e pelo empresário
Walter Faria, do grupo Petrópolis, visava facilitar o pagamento de propinas.
Na reportagem desta segunda-feira, o jornal O Globo
cita Aécio como um dos beneficiários dessas doações. "O delator não
envolve diretamente a cervejaria no esquema, só informa que era sócia da
Odebrecht no banco e que distribuidoras de bebidas ligadas ao grupo Petrópolis
fizeram doações eleitorais. Na 23a. etapa da Lava-Jato, foi achada com um
diretor da Odebrecht planilha em que essas empresas aparecem fazendo doações a
políticos, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG)."
O Globo se
refere à empresa Leyroz, que doou R$ 1,6 milhão a Aécio e ao PSDB em 2010, no
ano em que ele concorreu ao Senado Federal, após dois mandatos como governador
de Minas (saiba mais sobre o caso aqui). À época, Aécio declarou que as
doações foram legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral.
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