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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Moro não sumiu: foi sumido. Por Paulo Nogueira


Moro sumiu

Ou melhor: foi sumido.
Como as pesquisas do Datafolha e do Ibope, tão frequentes na desestabilização do segundo mandato de Dilma, Moro saiu do ar.

Ou, de novo: foi saído.
Você tira duas conclusões daí:
1) Moro, sem o circo da mídia, não é nada. A mesma coisa aconteceu com Joaquim Barbosa, hoje reduzido a um tuiteiro que tenta ganhar a vida com palestras.
2) Para despertar interesse da imprensa, a Lava Jato tem que mirar em Lula, Dilma e no PT em geral. Delações como as de Sérgio Machado são tratadas como assunto de segunda ou terceira classe pelos coroneis da mídia e seus fâmulos.
Moro e a Lava Jato têm apenas um propósito, para a plutocracia e sua voz, a imprensa: minar o PT. Se possível, exterminar.
Por circunstâncias que escaparam ao controle dos golpistas, as delações — sobretudo as de Machado — fugiram dos suspeitos de sempre, os petistas. Coisas infinitamente menos pueris que pedalinhos apareceram no caminho, mas foram previsivelmente subestimadas ou mesmo ignoradas por jornais e revistas.
Está claro que, fora do mundo de fantasia criado pelos plutocratas, o partido menos corrupto entre os grandes que estão aí é exatamente o PT.
Os demais, a começar pelo PSDB, puderam roubar com a voluptuosidade típica dos ladrões que sabem que não sofrerão castigo.
Mas não foi para demonstrar isso que a imprensa inflou Moro e a Lava Jato.
A não ser que forneçam novos panelinhos para os Marinhos e congêneres, Moro e os delegados da PF receberão o mesmo tratamento dispensado a Joaquim Barbosa: o esquecimento glacial.

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