Após acusar Aécio Neves de gastar R$ 14 milhões do governo de Minas para
construir aeroporto em terreno da família, jornal de Otavio Frias diz que o
hoje presidenciável tucano abriu caminho para que seu tio-avô em Minaspendência
judicial em ação por ter feito pista de pouso em sua fazenda nos anos 80 com
recursos públicos.
Ao desapropriar terreno bloqueado na Justiça, ele ganhou o direito de
receber do Estado pelo menos R$ 1 milhão de indenização pela
área; colunista Chico de Gois, do Globo, também aponta que Aécio reformou
pista em Montezuma, onde seu pai, o ex-deputado federal Aécio Cunha, fundou uma
agropecuária
Desde domingo, o presidenciável tucano Aécio Neves tem sido questionado
por denúncia da ‘Folha de S. Paulo’ sobre suposto uso da máquina pública como
governador de Minas Gerais para construir aeroporto em terras de sua família.
Ele teria gasto R$ 14 milhões em seu segundo mandato na obra em Cláudio
(MG), mas alega que o terreno de seu tio-avô fora desapropriado para o fim.
Nesta sexta-feira, o jornal de Otavio Frias faz nova denúncia e aponta
que, ao desapropriar a área, favoreceu o fazendeiro Mucio Tolentino em uma
pendência judicial que se arrasta há mais de uma década.
O fazendeiro é réu numa ação movida pelo Ministério Público estadual que
o obriga devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto pelo Estado na
construção de uma pista de pouso existente no local antes de o aeroporto ser
feito pelo governo de Aécio.
Desde então, a área foi bloqueada para venda na Justiça. Com a
desapropriação, feita sete anos depois, ele ganhou o direito de receber do
Estado pelo menos R$ 1 milhão de indenização (leia aqui).
O colunista Chico de Gois também
aponta que o governo de MG, na gestão do tucano, reformou pista em Montezuma,
onde seu pai, o ex-deputado federal Aécio Cunha, fundou uma agropecuária.
O governo de Minas informou que o aeroporto foi construído há 30 anos e,
nos últimos 12, passou por melhorias.
A última custou R$ 309 mil para “melhorias na pista de pouso existente”.
O governo sustenta ainda que Montezuma “está situada em uma das regiões
mais pobres do estado e tem como principal eixo estratégico para o seu
desenvolvimento a atividade turística a ser desenvolvida a partir do balneário
de água quente”.
Folha de São Paulo 25/07/2014
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