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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Banco Santander tenta interferir nas eleições de outubro

 “Os jornais genéricos não escrevem para a sociedade, mas para um pequeno conjunto de investidores, de renda mais alta.”

A observação de Luciano Martins Costa, sobre os desatinos do jornalões foi publicada hoje, segunda-feira 28 de julho, no site Observatório da Imprensa.

O comentário serve para corroborar a inutilidade de coisas como o informe que o banco Santander mandou a seus clientes na semana passada.


O banco usou o envio de talões de cheque, ao pessoal mais abastado para avisar que, caso Dilma Rousseff se estabilize ou volte a subir nas sondagens para as eleições de outubro, o cenário macroeconômico poderia se deteriorar.

Com câmbio desvalorizado, juros mais elevados e o índice Ibovespa em baixa.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, aproveitou o embalo e afirmou que, abre aspas “Infelizmente, para o Brasil de hoje, quanto mais provável, eventualmente, estiver a reeleição da presidente, os indicadores econômicos serão piores”fecha aspas.

O informe do Santander deixou em pânico os frequentadores de butecos do Oiapoque ao Chui.

Pinguços de várias matizes ameaçam tomar todas caso a bolsa de valores despenque como prevê o banco espanhol.

E se não despencar vão pedir mais algumas rodadas que ninguém é de ferro.

Funkeiros, forrozeiros, sambistas, pagodeiros e roqueiros de todas as estirpes, vão parar a música para um minuto de reflexão sobre as consequências da desvalorização do câmbio.


Torcidas organizadas de clubes Brasil afora estão marcando às pressas reuniões para saber o que fazer nas arquibancadas diante da alta de juros prevista pelo banco.


Pois é. O Santander passa por um momento não muito brilhante em sua sede, a Espanha.


O país é uma das vítimas da disseminação pela Europa da crise dos chamados subprimes, gerada nos Estados Unidos e que se espalhou via bancos pelas economias mais vulneráveis do velho continente.



A crise é de 2008, mas até agora a Espanha não encontrou uma fórmula de debelar os altíssimos índices de desemprego entre outras tantas mazelas que afetam a economia do país.


É mais provável que os acionistas do banco lucrem bem mais na aposta brasileira.


O Santander percebeu a mancada e pediu desculpas logo depois, mas são desculpas desnecessárias.

Afinal os donos de contas abastadas, já detestam Dilma Rousseff e não precisam da ajuda do banco para votar no candidato neoliberal Aécio Neves.

                                            
E quando aos executivos que bolaram o texto de aviso aos milhardários?

Já devem ter tomado o caminho de volta à península ibérica para um merecido repouso no pós-demissão.



Texto de José Attico para o vídeo do mesmo título exibido no blog Conexão Serrana


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