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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Memória traidora

Esquecer onde deixei, minutos antes, a chave do carro, os óculos, ou mesmo o livro que estava lendo é uma das consequências de chegar aos 80 anos! Será? Minhas filhas passam pelos mesmos perrengues. Então prefiro acreditar que as falhas no funcionamento da memória imediata são, pelo menos em parte, resultado do acúmulo de informações que recebemos todos os dias. Nosso cérebro estará preparado? Acho que não. No meu caso há uma agravante.

Trabalhei como jornalista a maior parte da vida; então buscar informação é mais do que um hábito, é quase uma necessidade, um modo de vida. O jornalista não pode ficar sem informações, pelo menos sobre a área em que trabalha. Se trabalha na editoria de Polícia, homicídios, desastres, prisões fazem parte de sua vida diária. É preciso estar em dia com os trâmites da prisão do traficante da hora.

O mesmo acontece na editoria de Esportes. Você tem que estar sabendo os nomes de quem está se transferindo para a Europa e quem pode estar de volta, já a caminho do Flamengo, por exemplo. Quando o Brasileirão esquenta é bom saber que técnicos podem estar a caminho da demissão.

Em outras editorias a relação é a mesma. E é claro que esses dados todos, que você procura e recebe, sobrecarregam neurônios que, com certeza são estimulados para um pouco menos.

Ou essa é apenas uma desculpa idiota pra quem se recusa a aceitar que mudou com o passar dos anos.

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