Visite Também

Visite também o Conexão Serrana.

sábado, 16 de dezembro de 2023

ERRO E ARREPENDIMENTO

 

Há erros passíveis de serem consertados. Outros não. Às vezes porque o tempo passou, outras porque as circunstâncias mudaram radicalmente. Algumas vezes você fica com raiva do erro que cometeu. E esse é o meu caso.

Fazia o curso primário – hoje com outra nomenclatura – na Escola Uruguai 8-6. Não sei o significado de 8-6, mas eu gostava da escola na Rua Ana Neri, pertinho de casa, em São Cristóvão.

Bom, todas as manhãs de um dia qualquer da semana, antes das aulas, minha turma e a do ano imediatamente acima eram liberadas para brincar no pátio. Naquele tempo os meninos eram todos loucos por futebol. Não existiam, é claro, jogos eletrônicos, etc, etc.

Então naqueles 40/45 minutos era disputada uma pelada de uma turma contra outra. Nós, teoricamente um ano mais novos, sempre perdíamos. Mas houve uma vez em que o tempo passava, as professoras já estavam a caminho de acabar com a aula recreativa e o jogo estava zero a zero.

Então aconteceu. Uma bola cruzada da esquerda passou pelo goleiro e eu fiquei de cara com o gol. Só quem já jogou futebol – e fez gol – sabe da sensação. A bola estava ali, só faltava dar um toque, um ligeiro toque com o lado do pé, por segurança, mas... resolvi dar o chamado bico na bola. 

E furei. Ou seja, a bola passou e eu chutei o vento, a jogada mais ridícula – até hoje – que pode acontecer numa pelada ou no Maracanã. Ou em Wembley. Todos os olhos dos garotos da minha turma se voltaram para mim. Mas ao contrário do esperado ninguém reclamou. No minuto seguinte a professora chamou e nós todos suados tomamos o caminho da sala de aula. Foi uma única chance. Outras manhãs, outras peladas e sempre perdemos.

Bem que eu poderia ter batido de chapa, como dizem os jogadores profissionais de 2023. Se resta um consolo a pelada daquele dia fatídico terminou zero a zero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário