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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Sabiás

Elas são comuns tanto nos gramados aqui de casa quanto nos pratos com frutas que deixo pelas manhãs no que se convencionou chamar de quintal, Estrategicamente presos em um poste de luz. Estão quase no topo da cadeia alimentar local, mas nessas disputas preferem não enfrentar os bem-te-vis. Às vezes enfrentam. Às vezes também não se importam de compartilhar as refeições com pássaros de menor porte, como os sanhaços, os tiês e um casal de saíras que mora aqui perto. De vez em quando uma Araúna de Bico Branco - estão sempre de passagem - vem compartilhar o repasto.

Os Jacus – do tamanho de frangos, mas com rabo grande, chegam meio desajeitados e acabam derrubando as frutas no gramado. O que é um risco pra todo mundo por que os cachorros, pastores alemães, não gostam muito de ver seu território invadido. Mesmo por passarinhos inofensivos.

O problema é que volta e meia um casal da espécie resolve fazer ninho na varanda. É uma atitude sábia, porque filhotes & pais ficam abrigados das chuvas, do vento mais forte e, até de eventuais predadores – à noite ouvimos o pio de uma coruja numa das árvores do quintal.

O problema é que, para não provocar stress em pais e filhotes acabamos evitando passar em frente ao ninho, estrategicamente construído num vaso de cactos junto à parede. E isso atrapalha minha caminhada na varanda em torno da casa, trinta e oito voltas, o equivalente a dois quilômetros, todos os dias.

Mas acabamos, eu e as sabiás, minimizando o problema: eu caminho só em dias ímpares e elas suportam minhas seguidas passagens em frente ao ninho nos dias pares.  

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