Javier Milei está eleito presidente da Argentina. À primeira vista parece menos raivoso do que Jair Bolsonaro, embora também pretenda distribuir armas para que os argentinos possam matar a tiros cunhados indesejáveis, vizinhos mal educados ou desafetos em brigas de trânsito. Mas dá pinta (gostaram da expressão?) de que não protelaria a compra de vacina contra a Covid 19, por exemplo.
É sempre bom
levar em conta que, se não fosse o então governador de São Paulo, João Dória,
as mortes provocadas pela “gripezinha” de Bolsonaro, poderiam ter chegado a milhões.
Doria peitou Bolsonaro dizendo que o estado de São Paulo ia abastecer o país de
vacinas, o que acabou por provocar o recuo do então presidente.
Milei, no
entanto, segundo murmúrios ouvidos nas calles de Buenos Aires, dirigirá o país
seguindo preciosos conselhos de um cachorro de sua propriedade. Um pequeno
detalhe: o cachorro já morreu e fala do Além.
Bom, nesse Além
é possível que cachorros também consigam dar conselhos sobre como gerir uma
economia com inflação absolutamente fora de controle.
É interessante lembrar também que, em pleno
desespero, a ditadura militar argentina do general Galtieri invadiu as Ilhas
Malvinas. Na esperança de distrair o
dilacerado povo argentino que estava às portas de tomar o poder pela força.
Galtieri conseguiu
mobilizar os argentinos por pouco tempo, mas não impediu a queda dos militares
e a prisão de alguns deles.
Vamos esperar
que Javier Milei, fascista de carteirinha, não pretenda, por exemplo, invadir o
Brasil para tentar de novo distrair a atenção do respeitável público do Rio da
Prata, diante do já previsível fracasso de políticas ultraliberais mais ou
menos sem pé nem cabeça.
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