Ser escravos
de máquinas inteligentes é uma possibilidade? Pelo menos livros e filmes, como
um alerta, já exploraram, e muito, o tema.
Mas a
chegada mais ou menos recente da Inteligência Artificial no nosso dia a dia
começou nos anos 60. Com os chamados computadores.
Assisti, in
loco e ao vivo, a entrada desses equipamentos na vida diária das empresas. Eram
“armários,” quase do tamanho de guarda-roupas, colocados lado a lado em salas muito
refrigeradas.
Na Racimec, para
a qual eu prestava serviços, o material, números da movimentação de contas
bancárias, eram primeiramente inseridos em cartões, depois transformados em
fita de papel. Em seguida transferidos para outras fitas, possivelmente
acetato, não sei muito bem, para então serem inseridos nos “armários”.
Foi uma revolução rápida. Em poucos anos
deixamos pra trás os últimos resquícios da Idade Média e ingressamos na
modernidade de máquinas que podiam processar, em minutos, todo o movimento
bancário do dia de centenas de agências. Hoje as operações são muito mais
rápidas, claro!
Também rapidamente
os computadores diminuíram de tamanho tornaram-se acessíveis e entraram
definitivamente na vida das casas da classe média.
De onde
podem estar de saída, substituídos pelos celulares. Celulares são computadores
devidamente encolhidos.
Seu uso
disseminado e a forma como estão sendo utilizados, também vem mudando nossas
vidas. Hoje falar com alguém pelo celular perdeu importância, diante de outras possibilidades
oferecidas. Como passar textos pelo Zap.
A idosa prerrogativa,
criada por um senhor chamado Grahan Bell, está sendo definitivamente enviada
para o museu dos objetos superados.
O acesso às chamadas Redes Sociais, por
exemplo, tornou-se muito mais importante do que um papo amigo sobre o cotidiano.
Ou há um exagero nisso?
A revolução agora
em curso, o ingresso em nosso dia a dia da Inteligência Artificial já está
deixando muita gente “de cabelo em pé” (expressão há muito desaparecida).
Afinal vamos
avançar por uma trilha que nos leva ao desconhecido. Vamos conseguir controlar
a IA? Ou a humanidade, no futuro, vai servir apenas pra fazer a faxina do lugar
onde estarão as maquinas produtoras de Inteligência.
Nos anos 60
o cineasta francês Jean Luc Goddard dirigiu Alphaville, um filme sobre um
supercomputador que controlava corações e mentes a partir de um planeta em outra
galáxia. E estava se convertendo numa ameaça à humanidade.
O herói
terráqueo, personificado pelo ator Eddie Constantine, chega no computador num
Ford Galaxie (nem Goddard resistiu à piada) e recita um poema. O computador não
consegue digerir, entra em choque e acaba por se desmantelar.
Bom, pelo
menos no filme saímos vencedores.
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