O G1 nos diz que a taxa de desemprego caiu em três das 27 unidades da federação. Subiu em Roraima e se manteve estável nos demais estados. O patamar é o mais baixo desde o trimestre terminado em fevereiro de 2015 e com recorde histórico de trabalhadores ocupados. Gosto de consultar o G1 porque nesse site o grupo Globo exprime a opinião da Classe Dominante.
Para os
desavisados é bom lembrar que não existe opinião da Rede Globo, do Jornal O
Globo, ou da Globonews. A opinião é de quem investe nos comerciais que
sustentam a operação da empresa. Embora o grupo Globo tenha outras formas de
auferir receitas, o Big Brother é um exemplo, nunca é tarde para lembrar que a
família Marinho faz parte dessa comunidade que reúne os ricaços do país.
Recentemente
a empresa passou para a Oposição e atacou bastante o governo Bolsonaro. Então é
possível inferir que grande parte dos proprietários dos meios de produção não
estava nada satisfeita com as políticas bolsonaristas. Inclusive a política econômica.
Não é difícil
imaginar por que. Bolsonaro colocou o Brasil na contramão da atualidade. Assim,
a troco de nada, um seu ministro atacou o capitalismo chinês, não estando nem
aí para o fato de que a China é o maior parceiro comercial do Brasil.
Bolsonaro,
uma pessoa com grande dificuldade para analisar o mundo em que vivemos,
acreditava ser um paladino do anticomunismo que, na sua opinião, era o regime
local desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante mandato
o ex-presidente expôs suas limitações diante do público. E gravou tudo. Ou
deixou que gravassem tudo. Todas as imbecilidade e contradições proferidas no
Brasil e no exterior, os constrangimento explícito de outros chefes de estado
diante da alguém que não tem nada a dizer, ou não sabe o que dizer, tudo isso
ficou gravado.
E mais, os
desafetos foram buscar no passado vídeos e declarações que contrastavam com a
postura no presidente em exercício. Como por exemplo quando ele se manifesta
contra a privatização da Eletrobrás por medo de que a empresa acabasse nas mãos
de uma estatal chinesa.
Como não
entende absolutamente nada de economia Jair Messias chamou para assumir o
ministério, um desconhecido chamado Paulo Guedes. Alguém do – vamos ver se a
imagem funciona – alguém do baixo clero entre os economistas. Resultado:
nenhum.
Para quem
apoiou o governo Bolsonaro e ainda apoia, o saldo positivo são algumas privatizações.
Positivo para eles, claro.
Pessoalmente
suspeito muitíssimo de privatizações. No caso da Vale do Rio Doce, no governo
FHC, a corrupção ficou explicitada pelos lucros que a empresa obteve logo
depois. Foram praticamente iguais ao preço pela qual a estatal foi vendida.
Claro que “doações”
deste naipe, longe de despertar suspeições são freneticamente apoiadas pelo
grande mídia, porque beneficiam a classe dominante que paga suas operações.
O desemprego
diminui porque o objetivo do atual governo é deixar que o dinheiro flua para um
maior número de mãos. Com mais dinheiro no bolso, pessoas que estão um pouco
acima da linha de pobreza passam a consumir um pouco mais.
De início timidamente, porque antes é necessário pagar contas
que ficaram em aberto no passado. Depois pessoas empregadas começam a desejar
uma televisão nova, um carro usado. Em resumo tudo aquilo que faz a economia
entrar no chamado ciclo virtuoso do consumo.
Então a queda na taxa de desemprego é sempre uma boa notícia.
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