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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Teresópolis: internet, novas posturas e política local

A provável cassação em definitivo do ex-prefeito Jorge Mario e a prematura morte de seu sucessor, Roberto Pinto, começam a mobilizar os possíveis candidatos a ocupar o casarão da avenida Feliciano Sodré em2013. 

É claro que, a essa altura do campeonato, somente nomes inevitavelmente conhecidos do eleitor – Nilton Salomão, Mario Tricano, Roberto Petto e o atual prefeito interino Arlei de Oliveira Rosa já estão nas cabeças dos eleitores.


Mas há mobilizações, inclusive por entidades de classe, clubes de serviços e outras agremiações que já estão inclusive encomendando pesquisas de opinião. O argumento é que está quebrada a praxe segundo a qual só políticos veteranos (ou com cargos de relevância) podem almejar o executivo municipal.

A opinião de pessoas que vivenciam a política local é que deverão ocorrer mudanças no comportamento dos eleitores do município depois da lamentável experiência da gestão Jorge Mario.

Dizem esses “experts” que a população - vítima de uma tragédia natural sem precedentes que também trouxe importantes lições - deverá estar mais atenta e interessada, na medida em que percebeu a importância de eleger um gestor sério, honesto e, sobretudo, capacitado.

Nesse caso o voto tradicional – já combalido pela proibição dos showmícios – dado em troca do benefício imediato perderia parte de sua importância. A atividade do cabo eleitoral também estaria em declínio.

Argumentam essas pessoas que a presença mobilizadora das redes sociais (facebook, twitter), importante no movimento de rua que ajudou a defenestrar Jorge Mario é um elemento a ser levado em conta nas próximas eleições.

É possível. No entanto fica difícil mensurar o alcance da internet, principalmente entre as populações de baixa renda do município. É claro que são poucas as pessoas – e aí se encontram as de mais idade – que desconhecem o uso da internet. Mas também não é infinito o número dos que estarão capacitados, de fato, a fazer uso eleitoral desse instrumento.

Haverá gente pronta a enviar e-mails a um grande número de eleitores e esse pode ser um dado novo. Mas os indecisos estarão vulneráveis à argumentação dos formadores eletrônicos de opinião?

É bom lembrar que a internet também está aberta a enganações e absurdos em larga escala. Nesse caso caberá ao eleitor munir-se do velho adágio e separar o joio do trigo. De qualquer forma a informação, toda forma de informação, é ferramenta importante para a decisão do voto.

Há também uma aposta de que os eleitores estarão ávidos por nomes novos na política local. Mas se a tese redundar em uma enxurrada de novas candidaturas é provável que a vitória sorria para um dos desgastados veteranos.

Enfim deve ser levada em conta a promessa do ministro Luis Fux, do STF, que promete levar a plenário a decisão final sobre a Lei do Ficha Limpa antes do pleito de 2010. Alguns candidatos, se a lei foi aprovada, podem ficar antecipadamente fora da corrida.

O jogo está só começando.

Texto: José Attico

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