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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Novas posturas na Rede Globo?


 Os brasileiros ignoraram o início da nova etapa da crise financeira internacional, inaugurada no começo de agosto com o rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poors, e mantiveram um alto patamar de gastos no exterior.


Até aí tudo bem. Um pouco inusitado é um destaque do mesmo texto:
Além do dólar baixo, outro fator que estimula as viagens ao exterior é o crescimento do emprego e da renda no país


Pois é.
As Organizações Globo estariam se rendendo ao charme dos governos petistas? O comando do jornalismo mudou de mãos? Ou o jornal das empresas do Dr. Roberto vai tão mal das pernas que urge fazer mudanças? Nesse caso, a classe média conservadora já não conta mais? Ou nenhuma dessas alternativas deve ser considerada?

A resposta correta é: nenhuma dessas alternativas deverá ser considerada. A ideologia é a mesma, mas, às vezes, deixar o leitor feliz, mas muito distante da realidade pode trazer conseqüências um pouco desagradáveis.

A supra mencionada classe média conservadora em geral mantém-se aferrada ao que lê nos jornalões, mas não consegue ficar totalmente imune à mudanças ao seu redor.

Durante as conversas, nas festinhas familiares, o leitor deve estar municiado o suficiente para torpedear, com autoridade, veleidades mais pragmáticas de parentes antenados. Ou que se julguem antenados.

Nesse caso saber de antemão que “outro fator que estimula as viagens ao exterior é o crescimento do emprego e da renda no país” pode evitar surpresas e calibrar uma resposta a altura tipo: “é, mas a consequência desse crescimento sem controle será, em breve, uma inflação de dois dígitos e sabe-se lá o que virá depois...”

É complicado. Globo, TV Globo e G1 começam a ser acossados por opiniões não corporativas. A internet, freqüentada pela população jovem - mas não necessariamente empolgada pelo noticiário político, pela economia & assemelhados - fica suscetível a outras idéias.

Não necessariamente novas, mas diferentes do ideário dos jornalões.

Sejam quais forem os caminhos, freqüentadores da web vão recebendo informações, num processo sequer sonhado há duas ou três décadas. E os jornais impressos não são adversários nessa nova arena.

Embora perder leitores fiéis não passe pela cabeça de nenhum dono de jornal, a aceitação de que mudanças irreversíveis estão ocorrendo, deve mexer com a cabeça dos editores. Talvez a informação mais ampla, com mais alternativas, seja um caminho.

Texto: José Attico

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