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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Os filhos dos presidentes


Nada mais comum, lamentavelmente, que em países como o nosso, onde a base política é construída não pela vontade de defender o interesse nacional mas por interesses próprios, familiares de políticos se tornem alvo dos que se limitam a fazer política marginal. Isso já acontece há muito tempo no Brasil.
O presidente Getúlio Vargas, elogiado até por quem o depôs, homem sério, patriota, de comportamento exemplar com a coisa pública, teve seu filho, até mesmo doente, que logo veio a falecer, também atacado. Sua mulher, ofendiam mesmo sendo um exemplo de primeira dama, modelo que até hoje reflete nas primeiras damas do Brasil. Em determinado ponto, ela teve sua honra atingida, com insinuações relacionadas a um prefeito da época. Tudo era uma mentira.

Uma das filhas de Getúlio Vargas, agrediram com afirmações de que ela teria desconforto psicológico. O filho, chamavam de bêbado. O irmão, tentaram envolver com o crime do Galeão. Seu secretário particular foi acusado de mandante. Pouco tempo antes de ganhar a liberdade que a Justiça lhe permitia ter, foi assassinado. Talvez, para que não contasse a verdade. A filha, a predileta, talvez, acusaram de ter premiado um banqueiro, que financiou a campanha de seu pai, e oferecer a embaixada em Washington, como ele queria, e uma mina de nióbio, elemento componente da bomba atômica. 
Café Filho não teve tempo. Seu filho, lamentavelmente, capitão da Força Aérea Brasileira, sofreu um acidente mortal.
Juscelino Kubitschek, por sua vez, viu até uma música ser composta para desmoralizar suas filhas, que, como debutantes do Palácio de Versailles, foram introduzidas na sociedade. A música era de Juca Chaves. Seu cunhado, banqueiro, morto ou morrido poucos dias antes do "homem da Vassoura" assumir.
O "homem da Vassoura", de tão honesto, muitos anos depois, ao morrer, ajudou a desequilibrar sua filha Tutu. Com seguidas viagens à Suíça, não sabia identificar, em função da senilidade em que se encontrava, o banco que guardava suas "economias", deixando sua filha desesperada. 
João Goulart, o 'Jango', não dava motivos para que lhe atacassem diretamente. Seus filhos eram ainda crianças. As ofensas, então, se dirigiam a sua mulher. 
O primeiro presidente do estado de arbítrio teve o genro chamado de tesoureiro do Rei. 
O segundo presidente, diziam, se lamentava demais das acusações que faziam a seu filho, por ter comprado apartamento na Avenida Atlântica, por ter largado o Exército para trabalhar com um banqueiro, que os coronéis do golpe odiavam, e com um grande vendedor de armas, do qual os compradores eram as Forças Armadas.
Os outros presidentes não tiveram problemas com seus filhos.
O último, afirmaram que um dos seus filhos foi premiado com um lote milionário em metros quadrados, na Barra da Tijuca, onde hoje se encontra um grande condomínio.
Instaurada a democracia, no primeiro governo, não só atacavam os filhos como também atingiam o genro.
No último governo antes do PT, atacavam filho, genro e primo. Acusavam de envolvimento nas privatizações e nos negócios de aço e minério.
Por isso, e por tudo isso, não surpreende esse tipo de política que atinge filho de ex-presidente. Agora, não se atinge filho de presidente, mas, sim, de ex-presidente.

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