Filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, o advogado Tiago Cedraz atuou por meio dos advogados de seu escritório em 182 ações no mesmo tribunal presidido por seu pai. Reportagem deste domingo (25) da "Folha de S.Paulo" teve acesso ao levantamento feito pelo TCU.
A legislação em vigor não impede que Tiago ou seu escritório atuem no tribunal. Mas o advogado passou a ser alvo de investigação da Lava Jato a partir de depoimento do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, que disse ter pago R$ 50 mil mensais a Tiago para receber informações do TCU.
Em junho, Cedraz solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso ao depoimento de Pessoa, mas o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, negou o pedido.
À "Folha", o escritório Cedraz Advogados afirmou que tem mais de 35 mil processos em todos os ramos do direito e que "quaisquer ilações irresponsáveis e ilegais acerca da atuação dos profissionais que foram ou são do escritório ensejará de imediato as medidas legais cabíveis", diz o texto.
Presidente do TCU e pai de Tiago, o ministro Aroldo Cedraz, declarou que "não há vedação legal para que o advogado atue em tribunal no qual seu parente seja membro" e que, em conversa com o filho, ficou decidido que ele abdicaria de todos os processos em que atuava diretamente no tribunal.
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