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terça-feira, 17 de junho de 2014

Pautas quase esquecidas durante a Copa

Horas depois de afirmar que os xingamentos à presidente Dilma Rousseff, na abertura da Copa do Mundo representavam os frutos que a petista havia plantado ao longo dos últimos anos, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou atrás. 

Aécio publicou um post  em sua página oficial no Facebook, dizendo que, apesar das críticas que tem feito ao governo de sua adversária, os limites do respeito pessoal não devem ser ultrapassados.


Dilma, respondeu

Jornais, TVs e sites de notícias não deram maior importância as diatribes de Aecio, à retratação e à resposta.

É assim mesmo. Em tempos de Copa do Mundo ninguém dá muita bola para outras pautas e o assunto diário é o desempenho das seleções e suas consequências.

Mas falando em outras pautas, quase despercebidas durante a Copa, o ministro Joaquim Barbosa resolveu abandonar a relatoria do chamado Mensalão.

Nesta terça, Barbosa, que de bobo tem pouca coisa, aproveitou, quem sabe, seus últimos 15 minutos de glória para contar que deixa de ser relator em razão da, abre aspas, atuação política de advogados dos réus e de "insultos" que diz ter recebido, fecha aspas.

É possível. Mas é mais provável que a saída da relatoria agora e do STF até o final do mês, tenha outras motivações.

Barbosa teve derrotas mais ou menos contundentes em suas posições, como no episódio dos embargos infringentes, aceitos pela maioria de seus colegas de toga.

No caso da liberação - negada por ele - de réus presos que entraram com pedidos para trabalhar durante o dia, a derrota se avizinha rapidamente.
O ministro continuará a ser idolatrado pela classe média conservadora que credita sua saída a um complô de corruptos de várias matizes.

Mas Joaquim Barbosa já havia perdido credibilidade entre os juristas, também de várias matizes, quando apresentou ao plenário a criativa tese do domínio do fato.

A jurisprudência serviu para condenar a rapaziada do PT, mas acabou posta em cheque até por especialistas mais à direita como Ives Gandra Martins, da Opus Dei.

Também no embalo da Copa Barbosa deu uma entrevista dizendo que não estava nem aí para a questão da cota para negros no serviço público.

A mídia conservadora abriu pouco espaço para a declaração e a segunda rodada da Copa impediu repercussão maior entre ONGs e entidades em defesa dos afrodescendentes.

E quanto a Copa?

Depois do empate com o México - um time que joga sempre bem contra o Brasil - a rapaziada ficou meio murcha.

Mas não é pra desanimar.

Em 58 o Brasil empatou com a Inglaterra em zero a zero e  foi campeão na Suécia.

Em 62 empatou também por zero a zero com a então Tchecoslováquia - e foi bicampeão no Chile.

Em 1994 depois de 1X1 com a Suécia o Brasil foi tetra nos Estados Unidos.

Tem muita coisa pela frente

Texto: José Attico












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