Nesses
tempos em que o noticiário sobre futebol toma conta da mídia, pautas
interessantes continuam a passar quase despercebidas do respeitável público.
A primeira foi a mancada - no jornalismo
diz-se barrigada - de Luis Sérgio Conti, apresentador do programa “Diálogos”, da GloboNews.
O
jornalista entrevistou um sósia de Felipão e produziu uma página inteira de
matéria, que chegou a ser publicada nos sites de O Globo e Folha de São Paulo.
Conti pegou um voo na ponte aérea, e
graças ao que ele acredita ser um privilegiado faro de repórter investigativo,
ele, e só ele, percebeu a presença de Luis Felipe Scolari, no avião.
A entrevista - como nem o falso Felipão
nem o repórter entendem nada de futebol - resultou numa fantástica série de
asneiras que também passaram despercebidas pelos editores de plantão no
primeiro momento.
Avião na pista, Conti recebeu um cartão
de visitas onde estava escrito: “Vladimir Palomo – Sósia de Felipão – Eventos”.
Depois das gargalhadas - Conti imaginou ser uma piada genuinamente
felipina - os dois apertaram as mãos.
E o jornalista arregaçou as mangas
assim que chegou à redação.
Percebida a mancada, os sites de ambos
os jornais e o próprio repórter pediram desculpas pela barrigada.
Outra
pauta interessante foi o anúncio, feito pelo Senador e ex-Presidente da
República José Sarney, de que está deixando a vida pública.
Segundo
jornalistas da mídia corporativa, que engoliam mas não gostavam de Sarney
sabe-se lá porque - o senador maranhense, eleito pelo Amapá, sai porque está
muito perto de ser derrotado nas eleições de outubro.
Sarney
diz que vai cuidar da saúde da mulher.
O
ex-presidente pode não ser amado pelos repórteres, mas tinha prestígio junto
aos donos de jornais e TVs.
E seus
serviços eram solicitados sempre que alguma coisa ameaçava dar errado e a
solução só podia vir de cima. Do Palácio do Planalto, por exemplo.
Outra
pauta: depois de ficar indecisa - não sabendo até onde deveria detonar ou não a
Copa do Mundo - a Rede Globo resolveu
que o jogos no Brasil correm o risco de serem um sucesso.
E
mandou o correspondente na Europa, Jorge Pontual, fazer um check up do que pensa a mídia do velho
continente.
Como
o Brasil e os brasileiros são geralmente simpáticos aos olhos da maioria
absoluta dos povos d’além mar, choveram elogios à organização da Copa - vista
como a melhor de todos os tempos - ao país e principalmente aos brasileiros.
Os
brasileiros, segundo jornais e revistas, são carinhosos, prestativos, bonitos,
simpáticos, agradáveis e vai por aí que a série de adjetivos é longa.
A
copa do caos, talvez tenha que ser transformada rapidamente em Copa das Copas.
E a
Copa? Alguns bichos-papões, como Espanha, Inglaterra e Itália já estão curtindo
um merecido repouso em seus países, depois de participações pífias, graças - no
caso de Inglaterra e Itália - ao surpreendente futebol da Costa Rica.
Mas
é assim mesmo, futebol está longe de ser uma ciência exata ou coisa semelhante.
E o
Brasil?
A
seleção venceu fácil a República dos Camarões principalmente depois que passou a
jogar com dez.
Isso
porque com Paulinho e Oscar (que só
acertou um passe durante o jogo) o time de Felipão estava com nove em campo.
Mas
é bom que a mídia não faça muitas cobranças pela manutenção de Fernandinho na
equipe.
O
bravo Luis Felipe Scolari não gosta nada de ser contestado e é capaz de manter
Paulinho no meio campo no jpogo contra o Chile. Sá de pirraça.
Seria prudente chamar Vladimir Palomo, o
sósia do Felipão e Luis Sérgio Conti, o
repórter investigativo, pra dar alguma dica ao mal humorado treinador?
Nenhum comentário:
Postar um comentário