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terça-feira, 5 de julho de 2011

Pão de Açúcar/Carrefour: Fusão Complicada



Diniz quer ser player internacional
Pois é. Está em pauta na mídia corporativa a fusão entre as redes Pão de Açúcar e Carrefour, dois gigantes do varejo no Brasil.


Em princípio o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) quer ajudar na transação, entrando com módicos dois bilhões de euros (R$ 4,5 bilhões) para que o empresário Abílio Diniz continue no comando do novo grupo.



Segundo os jornalões “a ideia é criar uma nova empresa, chamada de Novo Pão de Açúcar (NPA), a partir da fusão dos ativos do Carrefour no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição, holding que detém o Grupo Pão de Açúcar, em uma nova empresa controlada em partes iguais pelo Carrefour e pela CBD.


A NPA teria 50% da filial brasileira do grupo Carrefour e 11,7% da companhia francesa no mundo, passando a ser seu maior acionista. Essa participação poderia crescer para até 17%”.


O problema é que outro grupo francês, o Casino, sócio de Diniz no Pão de Açúcar, está jogando pesado para melar o acordo. Em princípio porque em 2012 o Casino tem a opção, por contrato, de assumir o controle do Pão de Açúcar.


Diniz quer dar uma volta nos franceses, mas os franceses, que tinham apenas 6,2% da sócia brasileira, aumentaram sua participação para 43%.


O governo está pendente entre duas opções. Se o BNDES entrar com a grana vai receber críticas e mais críticas por estar financiando uma fusão que, no final das contas, faz do novo grupo uma potência ainda maior (entre 26% e 27%) no ramo.


O que pode influir nos preços de alimentos, produtos de higiene limpeza & outros que fazem parte do dia a dia da população.


Por outro lado, com 11,7% das ações do Carrefour, o Pão de Açúcar torna-se o maior acionista do Carrefour e passa a ser o que os economistas gostam de chamar de player internacional.


Bom, para o Carrefour que entra com mais força ainda num mercado emergente, com grande potencial de crescimento, é um grande negócio.


Para o Pão de Açúcar ser sócio em vendas num mercado cada vez mais problemático como o europeu, nem tanto.


Abílio Diniz acena (principalmente para o BNDES) com a possibilidade de aumentar a venda de produtos brasileiros no exterior. É possível.


Na verdade o empresário, que recentemente comprou o Ponto Frio e as Casas Bahia, está mesmo é lutando para não perder o comando do Pão de Açúcar. Diniz é acostumado a brigas do gênero.


No passado conseguiu jogar para escanteio um irmão que o incomodava na direção dos negócios. Recentemente teve outro embate com a família Klein no episódio da compra das Casas Bahia e saiu vencedor.

Texto: José Attico

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