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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Na crise, uns comem o pato. E os patos pagam o pato



“Durante o segundo trimestre deste ano, 321 empresas de capital aberto no Brasil acumularam um lucro de R$ 41,9 bilhões,o que representou uma alta de quase 15% sobre os R$ 36,5 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Os dados pertencem à consultoria Economatica.
Os bancos lideraram os ganhos, respondendo sozinhos por um lucro de R$ 19,15 bilhões, o que representou uma alta de 43% sobre o resultado do setor no segundo trimestre de 2014. A arrancada das instituições financeiras foi capitaneada pelo Santander, que apresentou um ganho de R$ 3,88 bilhões no período.
De acordo com a Economatica, além dos bancos, entre os setores mais lucrativos, estão mineração (R$ 5,09 bilhões), alimentos e bebidas (R$ 3,25 bilhões), energia elétrica (R$ 3,12 bilhões), telecomunicações (R$ 2,33 bilhões), seguradoras (R$ 1,62 bilhão), papel e celulose (R$ 1,35 bilhão) e indústria química (R$ 1,35 bilhão).”
Os bancos, coitados, sofrem com a falta de clientes para pedir empréstimos, já que os investimentos estão retraídos e o consumidor, ressabiadíssimo.
A mineração, com a queda do preço das commodities.
Alimentos e bebidas, claro, com a retração do consumo.
Energia elétrica é o setor onde as empresas, arruinadas, precisavam do tarifaço para sobreviver, tadinhas.
Empresas de Telecomunicações certamente conseguiram seus ganhos com a alta qualidade dos serviços que prestam, e que “não prestam”, como todos sabem.
E assim vamos, num país onde os ricos choram de barriga cheia e os pobres – ainda bem que por enquanto não de barriga vazia – não entendem porque têm de pagar sozinho o pato do banquete alheio.

Fernando Brito no Tijolaço

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