Visite Também

Visite também o Conexão Serrana.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Moreira Franco acumula polêmicas em sua trajetória política


 Quando candidato ao governo do Rio em 1982, Moreira Franco foi personagem no Escândalo Proconsult, uma tentativa de fraude nas eleições para tentar impossibilitar a vitória de Leonel Brizola, candidato do PDT, com uma tentativa de contabilizar votos nulos ou em branco para Moreira Franco, candidato do PDS, ex-Arena, partido de sustentação do golpe militar. A falsificação na contagem foi descoberta pela imprensa, principalmente a partir de uma apuração paralela à do TRE-RJ, montada pelaRádio Jornal do Brasil.
Eleito governador do Rio posteriormente, de 1987 a 1991, tendo Eduardo Cunha como um dos operadores da campanha, Moreira Franco foi criticado pelo abandono dos Cieps de Brizola, pela promessa de acabar com a violência em seis meses -- promessa que, segundo lembra Fernando Brito, teve um fim ao ter como assessor um dos envolvidos no sequestro do publicitário Roberto Medina. Nos últimos dias de seu governo, já no início de 1991, foi duramente criticado por receber bicheiros em uma recepção oficial do Palácio Guanabara.
A expansão do metrô carioca para os bairros de Pavuna e Copacabana foi outra promessa de Moreira Franco. Em sua gestão, foram inauguradas duas estações do metrô: Triagem, em 30 de junho de 1988, e Engenho da Rainha, em 13 de março de 1991. O projeto foi adiado e somente em julho de 1988 foram iniciadas as obras na Zona Sul da capital. Fernando Brito lembra que Moreira Franco acabou assinando uma “confissão de dívida” de 150 milhões de dólares pelas obras do Metrô, que foram contratadas mas não pagas, débito que ficou para o sucessor.
"A matéria da Folha com as críticas de Wellington Moreira Franco ao Governo pode impressionar alguém em São Paulo. Aqui no Rio serve, ao contrário, como um imenso elogio. Porque, nestas bandas, não existe quem tenha se desmoralizado mais na política que o 'gato angorá', como o chamava Leonel Brizola. É de dar gargalhadas a frase dele: 'O PMDB não trai'", destacou Fernando Brito, no blog Tijolaço. "É de dar mais gargalhadas sua afirmação de que o PMDB não tem ligações com a corrupção, na hora em que Eduardo Cunha é denunciado no STF."
Quando saiu do governo do Rio, Moreira Franco tinha uma reprovação considerável. O político também foi prefeito de Niterói e deputado federal por três mandatos. Foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos e da Aviação Civil. 
Na entrevista à Folha, Moreira Franco salientou que o PMDB nunca foi um partido de donos, o que "muitas vezes, não é compreendido". Questionado pelo jornal se quem não compreendia era o governo, respondeu: "Primeiro, porque não confia em ninguém. Não entende que aliança não é casamento. Aliança é algo feito em torno de um projeto. As sugestões que se leva são sempre malvistas, nunca são sequer meditadas. Parecem não compreender que não se governa só com voto de deputado. Se governa com saber, com humildade para convencer e ganhar as pessoas."
"Temos que ser que sinceros. Não dá mais para achar que vai cobrir o sol com a peneira. E isso não significa que o PMDB queira derrubar [a presidente], não. Não é objetivo, não é meta, não é desiderato. O que se quer é encontrar uma alternativa para o país", também disse o ex-ministro.
Moreira Franco também disse que o pacote econômico do governo é "politicamente equivocado" e que é impossível prever um cronograma para o desfecho da crise. "A velocidade dessa crise é surpreendente... O acúmulo de erros, de equívocos é uma coisa bárbara. A bateção de cabeça..." 
Questionado sobre um temor em relação a consequências do envolvimento de nomes do PMDB nas investigações em curso, respondeu que não. "O PMDB não tem nesses 50 anos de currículo nenhuma participação orgânica em casos de corrupção. Existem problemas, companheiros citados –e eles terão todas condições de se defender. Agora, participação orgânica, como outros partidos, nunca tivemos."

Nenhum comentário:

Postar um comentário