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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Demissões a caminho?


Os jornais da Rede Globo de televisão não economizaram: a palavra assassinato – aliás, corretamente empregada – foi usada dezenas de vezes quando começaram a entrar no ar as primeiras notícias sobre a morte de Osama Bin Laden. 


Tratando-se da Rede Globo de Televisão os mais espertinhos podiam esperar o uso de outros vocábulos “morte.” 

Na realidade o correto seria mesmo assassinato. Isso porque as forças americanas que desembarcaram de quatro helicópteros na mansão do saudita não estavam interessadas em prender Bin Laden, mas matá-lo. Esperava-se o uso de vocábulos que reduzissem o impacto da vingança perpetrada pelo governo dos EUA. 

Vivo e julgado em Haia, por exemplo, Bin Laden se tornaria centro das atenções do mundo islâmico podendo acabar se tornando uma espécie de mártir e provocando agitações, indesejáveis no mundo ocidental.

 Morto não deixará de provocar revolta entre os muçulmanos, mas seu corpo, que segundo seus assassinos está no fundo do mar arábico não vai se tornar um centro de peregrinações. Ou pelo menos os americanos esperam que isso aconteça.

Voltando à palavra “assassinato”, a Globo ao usá-la foi correta, mas não é isso o que se espera das emissoras da famiglia Marinho.  Acredito que devem chover críticas de conservadores empedernidos que prefeririam alguma coisa com “justiçamento” ou o mais adequado para a Rede: “a morte do terrorista...” E bola pra frente

Alguém será, no futuro, responsabilizado pelo “assassinato” de Bin Laden? É esperar pra ver.

Texto: José Attico

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