A presidente Dilma Rousseff classificou neste
sábado (31), em São Paulo, de "absurdo" a afirmação de que o governo
trocou investimento em educação por construção de estádios para a Copa do
Mundo.
A crítica aos gastos com estádios da Copa é uma das
principais palavras de ordem de manifestantes nos atos de protesto contra a
competição em várias partes do país.
Dilma fez uma comparação do orçamento da educação
com o gasto em estádios. Segundo ela, no início do governo do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o orçamento da educação era de R$ 18 bilhões e,
atualmente, é de R$ 112 bilhões. "Todos os estádios vão ficar em R$ 8
bilhões", afirmou a presidente.
"Então, é um absurdo dizer que o dinheiro dos
estádios compromete a educação no Brasil", declarou Dilma para a plateia
de militantes do Festival de Política, Arte e Cultura da Juventude do PT.
Segundo ela, a quantia aplicada em estádios é
"dinheiro de financiamento". "Vão ter de pagar banco, e banco,
vocês sabem, não dá moleza. Financiaram os estádios e vão cobrar",
afirmou.
Parte do financiamento para a construção e reforma
de estádios para a Copa é de um banco público, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Aeroportos
A presidente voltou a reafirmar, como em outras ocasiões, que a construção e a ampliação de aeroportos no Brasil não se deu em razão da Copa, mas que o país aproveitou a oportunidade e que os aeroportos ficarão para os brasileiros.
A presidente voltou a reafirmar, como em outras ocasiões, que a construção e a ampliação de aeroportos no Brasil não se deu em razão da Copa, mas que o país aproveitou a oportunidade e que os aeroportos ficarão para os brasileiros.
"Falam que a gente fez aeroporto para a Copa.
Nós fizemos aeroporto porque tem de fazer aeroporto. Antes, o povo brasileiro
não podia chegar na porta do aeroporto. Hoje, não só chega como anda de
avião", declarou.
Racismo
Dilma também disse que a Copa do Mundo será pela paz e contra o racismo que, na avaliação da presidente, tem se expressado de forma “revoltante" no esporte.
Dilma também disse que a Copa do Mundo será pela paz e contra o racismo que, na avaliação da presidente, tem se expressado de forma “revoltante" no esporte.
“Por isso que nós definimos qual era o tema
principal da Copa do Mundo. Nós definimos que o tema principal da Copa tinha de
ser a paz, mas tinha de ser também a luta contra o racismo. Até porque ele tem
se expressado de uma forma revoltante no futebol com nossos atletas”, disse.
Reeleição
Durante o evento, enquanto o presidente do PT, Rui Falcão, discursava, a plateia entoou grito de que “Vai ter Copa, vai ter tudo! Só não vai ter segundo turno”.
Durante o evento, enquanto o presidente do PT, Rui Falcão, discursava, a plateia entoou grito de que “Vai ter Copa, vai ter tudo! Só não vai ter segundo turno”.
Em seguida, Falcão afirmou que o PT precisa se
preparar para a vitória da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, seja no primeiro ou
no segundo turno.
“É bonita a nossa palavra de ordem de que não
haverá segundo turno, mas nós temos que nos preparar para a vitória, seja no
primeiro, seja no segundo turno. Porque se trabalharmos apenas com a dimensão
da vitória no primeiro e chegar o segundo, criará um desânimo. E nós temos que
nos preparar é para ganhar a eleição”, disse.
A uma plateia formada por jovens, Falcão afirmou
ainda que é preciso “quebrar a desilusão” dos jovens com a política e que os
militantes do PT precisam se dedicar “inteiramente” à campanha de Dilma.
Além de Dilma, participaram do evento da juventude
petista o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), os
prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Sebastião Almeida (Guarulhos), o
presidente do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), o ex-ministro Alexandre
Padilha, pré-candidato ao governo paulista e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário