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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jorge Mario, A Queda


sexta-feira, 5 de agosto de 2011


 Crônica de um queda anunciada
Pois é. O prefeito Jorge Mario caiu. Embora esse seja um filme com muitas versões, no qual muitas vezes nós morremos no final, a decisão parece irreversível.  Jorge Mario foi um momento muito ruim na história da cidade.

Às possíveis irregularidades, que deverão ser apuradas a partir de agora, junta-se uma incapacidade de gestão que não foi atentamente observada pela população. Isso porque eram graves demais as denúncias de dissipação do dinheiro público a atrair o foco da mídia.


O agora ex-prefeito já começou mal. Ainda durante a campanha eleitoral surgiram notícias de que um consórcio de empreiteiras estava doando R$ 1 milhão para as campanhas.

Os outros candidatos, aparentemente, recusaram a oferta. Jorge Mário logo após a posse viu-se envolvido no episódio dos caminhões de lixo. Ao que tudo indica as empreiteiras cobravam a fatura.

Logo a seguir vieram outros escândalos, inclusive a falsificação de um Diário Oficial do Estado que teria ocorrido na licitação para a compra de uniformes escolares.

A catástrofe de 12 de janeiro trouxe consigo outras acusações.

Uma empreiteira que antes não passava de uma locadora de filmes foi encarregada da desobstrução de estradas e outras obras, quando costumam ser convocadas empresas do porte da Carioca, Queiroz Galvão, Camargo Correia & outras do mesmo porte.

Durante os quase dois anos em que esteve no poder Jorge Mario se desfez de quase todos os secretários e no final, depois de tantas acusações e tantos desgastes acabou sendo expulso do PT, partido que ofereceu a ele a legenda na eleição de 2009.

A página negra da história local pode estar sendo fechada e sua principal personagem corre o risco de não poder sair às ruas.
É impressionante a unanimidade de opiniões manifestadas no dia a dia contra a administração do ex-prefeito. Mesmo nos botequins, onde a luta pela sobrevivência obscurece, muitas vezes, a relação com a política e os políticos, Jorge Mario é o assunto do dia há muitos meses.

Poucas eram as pessoas que ainda lhe davam crédito depois da tragédia de 12 de janeiro. Jorge Mario falava em um complô político, mas nunca explicou quem eram os conspiradores.


Sua saída, que beira o patético é mais um traço da personalidade de um médico do interior que pode ter imaginado enriquecer com a política. Não deu certo. 

Texto: José Attico

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