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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Nem todo time bem escalado joga bem


O técnico Mano Menezes escalou um time que agrada a 99,9% dos torcedores. Mas como todo e qualquer treinador que passe pelo comando da seleção há sempre algum jogador que fica de fora sem justificativa. E faz falta numa hora dessas.


Boa parte dos 180 milhões de treinadores Brasil afora sabem que o lateral esquerdo Marcelo, do Real Madrid, é melhor da posição na Europa. A opinião é dos críticos de lá mesmo. Pode o técnico brasileiro argumentar que Marcelo não gosta muito de marcar e que algumas vezes toma bola nas costas.

É apenas meia verdade. Laterais que atacam muito e fazem gols, são um perigo para o adversário e, em muitos casos acabam sendo marcados. Quem vê os jogos do Real sabe do poder de recuperação do ex-lateral do Fluminense e o que ele representa quando ataca. 

O problema é que André Santos, o titular de Mano Menezes, está alguns furos abaixo dos outros 10 escalados como titulares. É verdade que o Brasil anda meio carente de craques nessa posição, mas, no jogo de ontem André Santos cansou de errar passes de dois metros. Principalmente nos primeiros 30 minutos, quando o Brasil esteve melhor.

Ninguém em sã consciência dirá que a atuação pífia do Brasil contra a Venezuela tem a ver com a presença de André Santos no time de Menezes e pelas esquinas e botequins da vida as explicações para o 0X0 são as mais variadas. Mas, resumindo a ópera, a maioria credita ao “sapato alto” o resultado na Argentina.


É possível. Os jogadores brasileiros - principalmente Neymar (mais) e Robinho (um pouco menos) andaram buscando as chamadas “jogadas de efeito” os “gols com assinatura” em cima de uma equipe das mais fracas no panorama da Copa América.

Não deu. O Brasil ameaçou pouco o gol adversário e a Venezuela não foi a “galinha morta” que os jogadores, lá no íntimo de suas convicções, esperavam. Os “vino tinto” não chegaram a ameaçar o goleiro Júlio César, mas além da bola na trave, produto típico do talento de Alexandre Pato, um ou outro chute, a seleção não deu tanto trabalho assim aos venezuelanos.

Os 180 milhões de abalizados treinadores esperem que um jogo - principalmente uma estréia – não venha a definir o comportamento de técnico daí em diante. Ou seja, o time não foi mal escalado; os jogadores, alguns estreantes em jogos não amistosos, é que não foram bem.

Então espera-se que Mano Menezes - ele também estreante em competições oficiais - mantenha suas convicções e contra o próximo adversário não escale uma multidão de cabeças-de-área em detrimento dos atacantes.
Mas bem que Robinho podia ficar um pouco no banco. 

Texto: José Attico 

      

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