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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Alô, alô, Pensativas


Tenho acompanhado, pelo celular da Dalva, as discussões sobre o momento político, nossas incertezas e inseguranças. 
Que Brasil queremos todos nós sabemos. 
Sobre o Brasil possível é que parecemos estar confusos, perplexos, como se andássemos  numa transversal do tempo. Sem GPS. 
Em primeiro lugar a candidatura Boulos, com a co-presidente (é assim que se escreve copresidente?) de etnia indígena pode mobilizar algumas minorias. Mas só minorias. Simpáticas, sinceras, sérias, mas absolutamente sem voto.
Para o povão é uma piada de mau gosto. Nada mais. É bom lembrar que candidaturas até menos radicais que a do PSOL nunca decolaram no Brasil desde o advento da República. E o Lula “radical” dos anos 90 é o exemplo mais recente.
Quanto às discussões em torno de uma possível  - mas não provável - candidatura de Luis Inácio Lula da Silva, gostaria de dar uma opinião personalíssima: não dou a mínima para o imóvel que ele (segundo a mídia burguesa) ”recebeu” no Guarujá. Também não dou a mínima para as obras realizadas por empreiteiras (ainda segundo a mídia burguesa)  no tal sítio de Atibaia. 
Para quem passou a infância jogando pelada com os meninos da favela (as meninas não jogavam bola naqueles tempos) fez o primário na escola Uruguai 8-6, ao lado das crianças da Mangueira e do Tuiuti (que bom que o carnaval do Tuiuti fez sucesso na Avenida!) eventuais  erros cometidos na trajetória do PT não contam.  
O importante é o Sendero Luminoso para a felicidade.  
Como não acredito nem um pouco no bom Deus, no julgamento final, etc, etc, sei que o fundamental é lutar por uma vida digna. Aqui e agora.  
Na política o que faz sentido é o legado. O legado de gente como Vargas e Lula: legislação trabalhista, ingresso do Brasil na industrialização, 36 milhões saídos da pobreza, transposição das águas do São Francisco, PIB brasileiro passando do 15º para o 6º maior.
 Tentativas de inclusão social não tão bem sucedidas mas, pelo menos, tentadas.
Se para avançar esse pouco, foram necessárias relações espúrias, ligações perigosas, desvios de conduta e de caminhos, pouco importa.  
O importante é levar a sério o enfrentamento com uma direita que, no mínimo, vai levar ao aumento do abismo entre os proprietários dos meios de produção, seu entorno e as classes trabalhadoras. 
Até a chegada ao poder - já que as revoluções proletárias parecem ter sido definitivamente exorcizadas - de um novo Getúlio, um novo Lula...

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