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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ministro do Supremo beneficiou a si próprio ao paralisar inspeção



Lewandowski: advogando em causa própria?
Deu na Folha de São Paulo:

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski está entre os magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo que receberam pagamentos que estavam sob investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), informa reportagem de Mônica Bergamo, publicada na Folha desta quarta-feira (...)

Antes de ir para o STF, ele foi desembargador na corte paulista.
Anteontem, último dia antes do recesso, o ministro atendeu a pedido de associações de juízes e deu liminar sustando a inspeção.


Por meio de sua assessoria, Lewandowski disse que, apesar de ter recebido os recursos, não se sentiu impedido de julgar porque não é relator do processo e não examinou o mérito --apenas suspendeu a investigação até fevereiro.

A corregedoria do CNJ iniciou em novembro uma devassa no Tribunal de Justiça de São Paulo para investigar pagamentos que alguns magistrados teriam recebido indevidamente junto com seus salários e examinar a evolução patrimonial de alguns deles, que seria incompatível com sua renda.

Pois é. Muitos de nós, que fazemos parte do respeitável público do Gran Circo Terra Brasiliis temos a tendência de acreditar na seriedade dos homens togados. Ingenuamente achamos que uma liminar, como a prontamente providenciada pelo Doutor Lewandowski envolvia uma disputa de poder.

Ou seja, o ministro, certo ou errado, estava apenas pretendendo reduzir o alcance de decisões do Conselho Nacional de Justiça, numa luta feroz entre forças que desejam se sobrepujar uma a outra.
O respeitável público mais uma vez estava redondamente enganado. Lawandowski queria apenas livrar a própria cara.

Com uma rápida e certeira canetada o magistrado detonou o CNJ, eliminou um particular incômodo e abriu a porteira para que casos como o dele e outros, de corrupção mais ou menos explicita, possam ser varridos para baixo do tapete sem que a platéia, que paga a conta, se atreva a bisbilhotices. Ou petulâncias.

Texto: José Attico

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