A partir deste domingo (3) e até o
dia 7 de maio, a Petrobras vai participar, em Houston, nos Estados Unidos, da Offshore Technology Conference (OTC), o maior evento do mundo dedicado
à área de exploração e produção de petróleo no mar.
Na edição deste ano, a estatal
brasileira vai receber o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies,
Organizations, and Institutions,
reconhecimento mais importante do setor de petróleo na qualidade de operadora
offshore.
Estarão presentes na conferência a
diretora Solange Guedes (Exploração e Produção) e os diretores Hugo Repsold
(Gás e Energia) e Roberto Moro (Engenharia, Tecnologia e Materiais). De
acordo com nota da Petrobras, a estatal foi escolhida em reconhecimento ao
conjunto de tecnologias desenvolvidas para a produção da camada pré-sal.
No domingo, será realizado o jantar
de premiação. Na segunda-feira (4), o ministro de Minas e Energia, Eduardo
Braga, e os diretores Solange Guedes, Hugo Repsold e Roberto Moro visitarão o
estande da Petrobras na feira. O espaço contará com conteúdos audiovisuais e interativos sobre
as tecnologias pioneiras para a exploração e produção no pré-sal.
Na terça-feira (5), Solange Guedes
apresentará a palestra “Pre-Salt:
What Has Been Done So Far and What is Coming Ahead” (“Pré-sal: o que já foi
feito e o que vem pela frente”).
No mesmo dia, haverá uma sessão
técnica sobre o pré-sal, denominada "Pre-Salt: 8y Journey from the Wildcat
Well to more than Half-million Barrels per Day" ("Pré-Sal: Jornada de
8 Anos desde o Poço Pioneiro até mais de Meio Milhão de Barris por Dia").
A sessão, que será aberta pela
gerente executiva da Área de Libra, Anelise Lara, será dividida em sete
apresentações dos técnicos e executivos. Na tarde do mesmo dia, os trabalhos
abordarão os campos do pré-sal de Sapinhoá e Lula Nordeste, na sessão
denominada “Sapinhoá Lula NE Project Challenges & Lessons Learned”
("Projeto Sapinhoá Lula Nordeste: Desafios e Lições Aprendidas").
No dia seguinte (6), os técnicos
apresentarão trabalho sobre processos de segurança em operações offshore, na
sessão “Offshore Process Safety: Past, Present and Future” ("Segurança de
Processo Offshore: Passado, Presente e Futuro").
A Petrobras também participará
de eventos paralelos. O assessor da Presidência para Conteúdo Local e coordenador
executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás
Natural (Prominp), Paulo Alonso, fará palestra no seminário “Providing goods
and services for the oil industry in Brazil: opportunities for foreign
suppliers in a new scenario" ("Fornecendo produtos e serviços para a
indústria de petróleo no Brasil: oportunidades para fornecedores estrangeiros
em um novo cenário"), que tem o objetivo de atrair empresas estrangeiras
para o país. O gerente de Desenvolvimento de Mercado da área de Materiais,
Ronaldo Martins, também falará no evento.
Paulo Alonso ainda fará a
apresentação Marine Demands for 2020-2030: Local Content and Opportunities in a
new environment (Demandas de equipamentos navais para 2020-2030: Conteúdo Local
e Oportunidades em um novo ambiente) e em evento promovido pela Bratecc, Câmara
de Comércio Brasil-Texas, no dia 6 de maio, na The Westin Galleria.
No mesmo evento, a gerente executiva
de Serviços de Exploração e Produção, Cristina Pinho, irá abordar o tema
"A new business model applied to Upstream Logistics" ("A
logística do E&P da Petrobras e um novo modelo de negócio").
Balanço auditado
A premiação acontece 11 dias depois
de a estatal ter apresentado seu balanço auditado do terceiro trimestre de 2014
e do ano de 2014. Petrobras, sucesso na administração, apresentou um
balanço limpo, auditado, como o país inteiro esperava e todos aqueles que
acreditam no Brasil.
O presidente da estatal, Aldemir
Bendine, fez a exposição do relatório com clareza. "A partir daqui a
Petrobras volta a garantir a credibilidade de seu relacionamento com credores e
investidores do país e do exterior. O maior desafio deste processo é que ele
não se esgota apenas na apresentação dos valores da companhia.", disse
Bendine.
De acordo com o balanço, a Petrobras
apresentou prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano de 2014, em função,
principalmente, da perda por desvalorização de ativos, impairment (R$ 44,6
bilhões), da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no âmbito
da Operação Lava Jato (R$ 6,2 bilhões), do provisionamento de perdas com
recebíveis do setor elétrico (R$ 4,5 bilhões), das baixas dos valores relacionados
à construção das refinarias Premium I e II (R$ 2,8 bilhões) e do
provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário-PIDV (R$
2,4 bilhões).
O balanço auditado da Petrobras foi
bem recebido por economistas. Para eles, trata-se de um passo importante.
Fernando Sarti, professor de Economia da Unicamp, em conversa com o JB por telefone, destacou que a divulgação ajuda a
superar todo o movimento especulativo que vinha prejudicando a estatal, e
permite que o mercado passe a se pautar em questões reais, como as relacionadas
à produção, financiamento e preço de petróleo.
Em um primeiro momento, mais
imediatista, a tendência do mercado pode até vir a ser negativa, mas a
tendência é de melhora significativa, acredita o professor.
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