Lupi: ligações perigosas |
As denúncias da Veja deixaram de ser levadas a sério, pelo menos na opinião dos mais espertinhos, desde que a revista publicou, sem apurar a origem, um e-mail em que a presidente Dilma Rousseff era acusada de ações terroristas durante a ditadura militar.
A revista fez o possível para evitar o desmentido, mas a pressão de matérias publicadas principalmente em blogs e sites independentes produziu o recuo.
A campanha eleitoral estava em curso e o candidato do PSDB, José Serra, ia ficando para trás nas pesquisas. A revista fez o que podia, pensando naturalmente que, com o ex-governador de São Paulo em Brasília, a grana decuplicaria e, quem sabe, a editora Abril pudesse corrigir erros do passado e montar sua emissora de TV.
O preço pago pela editora no episodio “Dilma Terrorista”, foi alto, segundo informações passadas, nas entrelinhas é claro, pela concorrência.
A Abril com certeza não está à beira da falência, mas a “contribuição” do governo paulista - compra milhares de revistas do segmento Educação da editora para serem distribuídos nas escolas e para professores de todo o estado - é parte importante do faturamento.
A própria Veja, cuja tiragem despencou e está longe dos tempos áureos em que vendia mais de um milhão de exemplares por semana, é enviada aos professores e funcionários de repartições e departamentos de todo o estado.
É uma relação perigosa que pode causar estragos sérios na Editora Abril se o PSDB perder o comando do estado mais rico da federação.
No caso de Carlos Lupi podem existir evidências de que a viagem foi feita em um táxi aéreo fretado por uma ONG ligada ao ministério do Trabalho. Mas como foi publicada pela Veja é bom o leitor atento aguardar o que vai acontecer nos próximos dias.
Texto: José Attico
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