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quarta-feira, 8 de maio de 2019

As lorotas da reforma




Pois é. O IBOPE pesquisou esses dias a reação do respeitável público sobre a reforma da Previdência. Os resultados mostrados no G1, site das Organizações Globo, são digamos... um tanto confusos!

O G1, que defende galhardamente a extinção das aposentadorias, abriu manchete clamando que 59% dos entrevistados concordam com a reforma proposta por Bolsonaro & asseclas, contra 36% dos que não querem saber de mudanças no que diz respeito a seu futuro.

A rapaziada das Organizações Globo pode interpretar os resultados a seu modo, mas a continuidade na leitura da pesquisa mostra que a coisa não é bem assim.

É verdade que o governo - que aposta, como sempre, na

informação truncada - vai plantar suas lorotas sobre a reforma 

em terreno fértil: segundo o IBOPE, só 30% conhecem os 

principais pontos; 31% não conhecem o conteúdo; 23%; nem 

sabem que o governo apresentou a proposta e 10% não sabem 

ou não responderam a pergunta.

Mas é preciso jogar um pouco de luz sobre os dados do IBOPE.

Por exemplo, quando se lê que a maior parte dos entrevistados (72%) se diz favorável ao estabelecimento de uma idade mínima para as aposentadorias e só 23% são contrários é preciso analisar o que é idade mínima desejável para o respeitável público.

Isso porque entre esses 72% de apoiadores, 33% acreditam que a idade mínima para a aposentadoria deve ficar entre 56 (mulheres) e 60 anos (homens). A proposta do governo é fixar essas datas entre 62 anos e 65 anos respectivamente.

Vinte e cinco por cento dos entrevistados vão mais longe: querem que a idade mínima fique entre 51 e 55 anos e 22% acreditam que todo mundo já deve poder ir pra casa aos 51. Ou seja, as pessoas apoiam a reforma desde que possam se aposentar antes de envelhecerem muito.

A chamada classe dominante, banqueiros principalmente, já pode ficar um pouco preocupada com os rumos da mudança nas aposentadorias. Mesmo com a enxurrada de matérias nas TVs que vem por aí, é possível que o respeitável publico conclua sabiamente que está sendo enganado.








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