Pois é. O IBOPE pesquisou esses dias a reação do respeitável
público sobre a reforma da Previdência. Os resultados mostrados no G1, site das
Organizações Globo, são digamos... um tanto confusos!
O G1, que defende galhardamente a extinção das aposentadorias,
abriu manchete clamando que 59% dos entrevistados concordam com a reforma
proposta por Bolsonaro & asseclas, contra 36% dos que não querem saber de mudanças
no que diz respeito a seu futuro.
A rapaziada das Organizações Globo pode interpretar os
resultados a seu modo, mas a continuidade na leitura da pesquisa mostra que a
coisa não é bem assim.
É verdade que o governo - que aposta, como sempre, na
informação truncada - vai plantar suas lorotas sobre a reforma
em terreno fértil: segundo o IBOPE, só 30% conhecem os
principais pontos; 31% não conhecem o conteúdo; 23%; nem
sabem que o governo apresentou a proposta e 10% não sabem
ou não responderam a pergunta.
informação truncada - vai plantar suas lorotas sobre a reforma
em terreno fértil: segundo o IBOPE, só 30% conhecem os
principais pontos; 31% não conhecem o conteúdo; 23%; nem
sabem que o governo apresentou a proposta e 10% não sabem
ou não responderam a pergunta.
Mas é preciso jogar um pouco de luz
sobre os dados do IBOPE.
Por exemplo, quando se lê que a maior parte dos entrevistados (72%)
se diz favorável ao estabelecimento de uma idade mínima para as aposentadorias e
só 23% são contrários é preciso analisar o que é idade mínima desejável para o respeitável público.
Isso porque entre esses 72% de apoiadores, 33% acreditam que a
idade mínima para a aposentadoria deve ficar entre 56 (mulheres) e 60 anos (homens).
A proposta do governo é fixar essas datas entre 62 anos e 65 anos respectivamente.
Vinte e cinco por cento dos entrevistados vão mais longe: querem
que a idade mínima fique entre 51 e 55 anos e 22% acreditam que todo mundo já deve
poder ir pra casa aos 51. Ou seja, as pessoas apoiam a reforma desde que possam
se aposentar antes de envelhecerem muito.
A chamada classe dominante, banqueiros principalmente, já pode
ficar um pouco preocupada com os rumos da mudança nas aposentadorias. Mesmo com
a enxurrada de matérias nas TVs que vem por aí, é possível que o respeitável
publico conclua sabiamente que está sendo enganado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário