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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Retorno

Pois é. Estou de volta. A longa paralisação nada tem a ver com Covid & assemelhados; apenas uma parada para reflexões e a publicação do livro BREVE ESTADA EM TERESÓPOLIS, uma história de ficção sobre alcoolismo e reportagem. (Mais alcolismo do que reportagem). 

 Durante esse período, longe do que chamo de atividade jornalística, no entanto, não abandonei, nem por um instante, o velho hábito de repórter e posso dizer que estou absolutamente em dia com a vida social do país. 

Um fato interessante que, suponho, vem sendo subestimado pelos economistas e jornalistas de plantão é uma aparente, ainda que tênue, recuperação da economia. Breve e pouco consistente, acho. Acredito que alguns dados que devem aparecer por aí nas mídias (alguns já aparecendo) são resultado de uma poupança forçada durante o pico da Covid.

Ou seja, a partir do final de 2020/início de 2021 boa parte da classe média no Brasil ficou impedida de gastar. Viagens proibidas, compras dificultadas (até porque a maioria das pessoas só conseguia enxergar um buraco negro`a sua frente) muito dinheiro ficou parado, talvez investido, mas não usado para consumo. 

Com o fim do período mais letal, e apesar da omicron, essa grana parece estar voltando a atividade normal. Há problemas e muitos. O mais grave, a conduta da economia pelo ministro Paulo Guedes. Guedes não tem mais (se é que teve algum dia) o menor interesse nos rumos do governo Bolsonaro que, se levarmos em conta a enxurrada de pesquisas, vai terminar melancolicamente nos primeiros dias de 2023. 

Guedes é hoje um corretor na venda de empresas estatais e ponto. A economia, porém tem lá seus componentes cíclicos e é possível que no próximo ano e recuperação comece ainda que tímida. 

Até agora o governo Bolsonaro tem feito o possivel para detonar um eventual ciclo virtuoso mais adiante. Como os portugueses ascentrais, a classe dominante, via governo Bolsonaro, faz o possível para esvaziar o consumo lutando, tenazmente, contra qualquer tipo de aumento de salário, ou ganhos assemelhados. 

Sem salário as pessoas não consomem; sem consumo a economia fica como está. Sobre as portugueses ancestrais: segundo observadores que passaram pelo Brasil colônia, o sonho dourado dos primeiros europeus era trabalhar para comprar um escravo. Um que fosse, e a partir daí viver de seu trabalho. 

Mas isso já é uma outra história. História do Brasil.

2 comentários:

  1. Esse desgoverno tornou o que era ruim, ainda pior. A luz virá em 2023, assim espero!

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  2. Gostei da definição sobre Guedes: um corretor na venda de empresas estatais. Ele tem outros predicados na mesma linha, mas esse já o define bem.

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