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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Depois de Eduardo


A morte do candidato a presidente, Eduardo Campos, hoje, pela manhã, muda o panorama eleitoral?

È possível que algumas mudanças aconteçam, mas nada que provoque um tsunami nos números mostrados pelas pesquisas até agora.

Em princípio porque Eduardo Campos patinava em torno dos 10% das intenções de voto e nada indicava que conseguisse chegar a um eventual segundo turno.


Surgem duas hipóteses: O PSB pode fazer Marina Silva substituir Campos.

Ou pode simplesmente desistir de lançar candidato e apoiar Dilma Rousseff ou Aécio Neves.

A decisão será tomada nos próximos dias, mas há problemas em ambas as opções.
Se lançar Marina, o que é mais provável nesse momento, caminhará para a direita, perderá votos de eleitores tradicionais - com pendores ideológicos - e terá problemas com lideranças como Luiza Erundina e Roberto Amaral.

É bom lembrar que Marina Silva é uma estranha no ninho socialista e faz sempre questão de lembrar que pertence á Rede, um partido que se pretende diferente dos demais.
Se optar por não lançar candidato, o que é menos provável, o partido correrá o risco de ficar esfacelado, com eleitores e mesmo quadros importantes tomando rumos diversos e sem perspectivas de volta.
Além de, abre aspas dono do PSB, fechas aspas, Eduardo Campos era um político hábil, que  por exemplo, abriu mão do apoio de Ronaldo Caiado, da bancada do agronegócio.
Caiado, além de votos poderia significar o ingresso de recursos dos ruralistas na campanha.
A decisão deixou satisfeitos Marina Silva e os socialistas mais tradicionais, muitos deles amuados com a candidatura própria de seu principal líder.
Esse pessoal teria preferido continuar apoiando Dilma Rousseff e, com isso, podendo permanecer em cargos no governo.
Eduardo Campos investia na ex-ministra do Meio Ambiente porque não podia perder a oportunidade de herdar pelo menos em parte os 20 milhões de votos obtidos por ela em 2010.
Na realidade se Marina tivesse conseguido o número de assinaturas necessárias para a criação de seu partido, a candidatura de Campos seria inviável.
A lamentável morte de uma liderança jovem, no entanto, não deve provocar mudanças importantes no cenário político do brasileiro a médio e longo prazo.
Texto de José Attico para o vídeo do blog Conexão Serrana



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