Além de acelerar o processo de impeachment no Senado, o relator Antonio
Anastasia (PSDB-MG) proibiu a inclusão dos áudios de Sérgio Machado com o
senador Romero Jucá (PMDB-RR) na defesa da presidente Dilma Rousseff; nas
gravações, Jucá confessa que o impeachment foi uma conspiração da elite
política para derrubar a presidente Dilma, colocar Michel Temer em seu lugar, e
tentar parar a Lava Jato; divulgação dos áudios provocou a demissão de Jucá e
desmoralizou de vez o impeachment na imprensa internacional; por isso mesmo,
Anastasia quer um julgamento sumário sem direito de defesa
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- O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), relator do
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, recusou pedidos
da presidente e outros parlamentares de que fossem anexadas ao processo as
gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Nas gravações, Jucá confessa que o
impeachment foi uma conspiração da elite política para derrubar a presidente
Dilma, colocar Michel Temer em seu lugar, e tentar parar a Lava Jato. Sua
divulgação dos áudios provocou a demissão de Jucá e desmoralizou de vez o
impeachment na imprensa internacional.
Anastasia argumentou que o processo
trata apenas de decretos de crédito suplementar e pedaladas fiscais. Segundo
ele, já houve decisão do ministro Teori Zavascki de forma contrária à tese do
"desvio de poder". "De imediato, percebe-se que os fatos
indicados são totalmente estranhos ao objeto desse processo, além do mais, essa
matéria se encontra devidamente esclarecida", argumenta o relator.
No afã de executar um julgamento
sumário da presidente Dilma, Anastasia também recusou pedido de que um órgão
internacional fizesse perícia econômico-financeira e contábil no processo,
designando o Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar tal
trabalho.
Em outra medida para consumar o afastamento de
Dilma, o presidente da Comissão Processante do Impeachment no Senado, senador
Raimundo Lira (PMDB-PB), acatou questão de ordem da senadora Simone Tebet
(PMDB-MS), que pediu redução de 15 para cinco dias corridos do prazo para as
alegações finais da defesa e da acusação; decisão, que gerou intenso bate-boca,
pode antecipar a votação para julho.
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